EFEITO DEMONSTRAÇÃO
O conhecido aplicativo STRAVA é um recurso tecnológico muito popular, acessível e utilizado no mundo inteiro. Também é considerado como mais uma entre tantas “redes sociais” e, sendo assim, é um meio de conexão e de integração dos praticantes do ciclismo e de outros esportes. O aplicativo estimula a agregação de ciclistas em clubes virtuais e adota uma classificação de desempenho desses atletas – quase todos – amadores.
Mas por que essa “brincadeira” tem tanta participação?
A questão pode ser abordada a partir de diferentes perspectivas e permite interpretações mais superficiais ou mais aprofundadas. O raciocínio mais fácil e direto nos leva à conclusão de que o desportista recreativo ama a liberdade. De opção. Ninguém é atleta amador contra a própria vontade. Apesar do esforço, do desconforto e do sacrifício – ou justamente por causa desses fatores – alguém estabelece para si uma rotina de atividade física, esperando encontrar alguma compensação, seja qual for. Vai entender... Uma análise mais complexa precisaria ir muito além, pedalando por “estradas” teóricas cheias de curvas, buracos e abismos.
No caso dos clubes do STRAVA, atletas se reúnem por afinidade ainda que nem todos se conheçam pessoalmente e o conjunto dos desempenhos individuais resulta numa dinâmica que reflete para o grupo, num processo cíclico de interação. Exemplo, inspiração, aprendizado, compartilhamento de experiências, de vivências e motivação recíproca são ao mesmo tempo causa e conseqüência dessas relações, produzindo um Efeito Demonstração. Ao classificar, por clube, os desempenhos individuais em ordem decrescente de quilômetros ou metros percorridos – Distância, Pedalada mais longa, e Subida – o STRAVA aparentemente está induzindo à competição. E para os amadores de nível mais alto talvez seja isso mesmo. Mas para o BICICLUBE, o que deve prevalecer sempre é o entretenimento, a diversão e a alegria de praticar o ciclismo. Mais vale a surpresa de encontrar num ranking qualquer o nome de alguém inesperado, do que a monotonia da previsibilidade. Aqueles indivíduos em quem ninguém apostaria, às vezes, são os exemplos mais marcantes de superação. Há vários entre nós. Quanto aos Top 10, Top 5, Records, Pódiuns e afins, é bom lembrar que são apenas parâmetros que servem para cada atleta se situar e auto-avaliar por comparação com os demais.
Muitos records foram batidos na semana que passou em 8 dos 9 clubes acompanhados pelo Biciclube. Isso indica que alguns ciclistas estão focados em objetivos pessoais e pedalando bastante para alcançar (e até superar) suas próprias metas. Por outro lado, valoriza as marcas anteriores de outros ciclistas que permanecem mantidas. George Alvarenga (Bikers Ride) e Rodrigo Barreto (Reaction Cycling Team) recuperaram a condição de líder da semana em Distância. E Ronaldo de Oliveira conquistou a liderança semanal das 3 categorias no clube BikeTrail Montenegro. Mas houve 2 destaques principais. Um deles é Paulo Sehn (Riders Estrela), que quebrou os records nas 3 categorias (Distância, Pedalada mais longa, e Subida) em 3 clubes. Em outros 3 ele ultrapassou as marcas anteriores em 2 categorias. O outro atleta a ser destacado é Fabiano Neis. Pela primeira vez desde que Biciclube iniciou as tabulações semanais um ciclista rompeu a marca dos 5 dígitos em altimetria acumulada. Ele quase atingiu a estratosfera ao registrar incríveis 10.222 metros em pedaladas morro acima. Com Paulo e Fabiano, o clube Pedal na Estrada que era dominado por 2 ciclistas indianos e 1 libanês, agora está sob controle de atletas da região de Montenegro-RS. Eles renovaram completamente a tabela de RECORDISTAS BICICLUBE.
Ciclista-referência da semana de 27/7 a 2/8: ROMAIN BARDET.





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