sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sempre cabe mais um?

A propósito da postagem anterior (Antes tarde do que nunca – 22/10) pesquisei no site do Denatran e verifiquei o tamanho da frota de automóveis, camionetas e caminhonetes do município de Montenegro: 18.233 veículos em setembro de 2008.
Quase sempre a crítica que se faz ao crescimento da frota tem como preocupação principal a degradação ambiental, mas outro aspecto a considerar é quanto ao espaço utilizado por tantos veículos. Admitindo-se que cada um ocupa 12,5 m² seria necessário uma área equivalente a dois Parques Centenários (aproximadamente 23 hectares) para acomodar a frota toda no mês passado. Se o crescimento dessa população mecânica continuar oscilando ao redor das 99 novas unidades/mês a exemplo do que tem sido desde março, até o fim desse ano os automóveis, camionetas e caminhonetes ocuparão mais 3.712 m² do nosso precioso território sem pedir licença para ninguém.
A imagem abaixo ilustra essa situação. Compare o espaço utilizado por carros, ou por um ônibus ou por bicicletas (nesta ordem, na foto) necessárias para transportar o mesmo número de pessoas.

Mas não é só isso. Uma demanda dessas exige cada vez mais espaço para circulação e acaba por inflacionar, também, os preços no mercado imobiliário. A valorização das vagas de estacionamento em condomínios residenciais bem demonstra esse fato econômico. É o carro onerando a habitação. Questão de prioridade...!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Antes tarde do que nunca

Apesar do atraso de um mês nunca é tarde para fazer referência a um assunto importante como este. Explico: dia 22 de setembro é (foi) o Dia Sem Carro na Cidade. Em várias cidades do mundo ocorrem atividades, oficiais ou não, para alertar as pessoas que estamos nos aproximando do precipício. Por isto, transcrevo abaixo a carta que remeti ao amigo Éder Kurtz, editor de esportes do Jornal Ibiá e da TV Cultura, aqui de Montenegro-RS, pensando que ele se sensibilizaria e mencionaria a data no jornal ou na TV. Não funcionou, mas tudo bem. Afinal a praia dele é esporte. Pior é a indiferença das autoridades locais. Duvido que saibam dessa iniciativa.
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"ESPORTE TAMBÉM É CULTURA E CIDADANIA

Prezado Éder

A tua coluna no jornal ("Com a bola toda") também precisa cumprir uma função social. É ou não é? Por isso é bom lembrar que 2ª feira transcorre um evento internacional muito importante, indiretamente relacionado a esportes. É o Dia Sem Carro Na Cidade, realizado simultaneamente em várias cidades do mundo, inclusive do Brasil.
Nessa data, os governos municipais e organizações da sociedade incentivam os cidadãos (que têm carro) para que se desloquem a pé ou utilizem meios de transporte coletivos ou alternativos, como a bicicleta, por exemplo. A bicicleta, aliás, para alguns é um objeto de lazer, mas para outros é o único meio de transporte. Claro, trata-se de uma iniciativa simbólica, pois sabemos que aqueles que não têm, desejam possuir um carro e a tendência, portanto, é o aumento da frota, mas é bom refletir sobre o futuro que nos aguarda a curto prazo se não houver uma mudança de atitude com relação ao deslocamento urbano.
Se nos conscientizarmos, poderemos ter uma cidade com menos emissões poluentes na atmosfera, com menos barulho, com menos acidentes com danos materiais e pessoais e com cidadãos menos sedentários.
Somos ciclistas por opção e não podíamos perder a chance de difundir o uso desse veículo não-motorizado que nos dá tanto prazer e, ao mesmo tempo em que transporta, proporciona momentos de saudável prática esportiva."

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Da França ao Brasil, de bicicleta

O ciclismo de resistência é uma modalidade esportiva que vem despertando interesse e, conseqüentemente, ampliando espaços na mídia. Ainda recentes no Brasil, tais provas ocorrem em vários países do mundo e têm sua homologação (brevet) concedida, com exclusividade, desde 1891 por uma tradicional entidade francesa – o Audax Club Parisien – pois a França é considerada a pátria onde surgiu o ciclismo de longa distância, ao estilo randonneur.
A principal característica desse tipo de desafio é que os atletas não competem entre si. Mas nem por isso o certame deixa de ser empolgante, pois o ciclista disputa contra o relógio, devendo enfrentar as dificuldades do percurso em etapas de 200, 300, 400, 600 e 1200 km com tempo máximo fixado para cada quilometragem. Por isso, o espírito coletivo em uma prova desse tipo é baseado no companheirismo e na motivação recíproca ao longo do trajeto. Nesse contexto todos são vitoriosos por superarem seus próprios limites e essa atitude pode aplicar-se também, por analogia, às relações cotidianas.
Na condição de praticantes do ciclismo de resistência, podemos afirmar que estamos dando uma parcela de contribuição para a divulgação desse esporte-filosofia de vida, aqui, em Montenegro. A cada participação nossa em provas de Audax aumenta a repercussão proporcionada pelo Jornal Ibiá e pela TV Cultura. No ano em curso, entre março e maio foram 5 inserções no jornal e 2 na TV.
Já a nível nacional o Audax começa a projetar-se como modalidade digna de registro. Prova disso é a reportagem publicada na revista Bike Action do mês de maio de 2008 reconhecendo o ciclismo de longa distância não competitivo como prática esportiva em franca popularização no Brasil.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Audax 200 km Caxias do Sul

Participar do Audax 200 km de Caxias do Sul foi uma experiência positiva por várias razões.Vamos a algumas delas: em primeiro lugar, havia um receio presumido quanto à dificuldade imposta pelo terreno, cheio de altos e baixos e que por isso a prova seria muito desgastante e coisa e tal... Pois nem tanto. Quem já percorreu a Rota do Sol entre Caxias e Aratinga sabe que os "campos de cima da serra" têm lá suas ondulações mas nada que meta medo (pedalar de Montenegro a Salvador do sul, por exemplo, exige muito mais esforço em alguns trechos de aclive realmente acentuado, embora menos extensos). Em compensação, praticamente não há urbanização ao longo dessa estrada e, às vezes, nem mesmo se avista a rede elétrica. É a paisagem no seu estado absolutamente natural, de uma beleza indescritível, principlamente ao amanhecer. E ainda bem que que o sol apareceu por que às 6 horas da manhã, além de ainda estar escuro, a temperatura era de 8 graus.
Outro aspecto positivo foi o local de onde partimos para nossa aventura: um seminário recentemente transformado em centro de eventos com estrutura de hotel de luxo. Receptividade nota 10, bom alojamento, boa janta, tudo beleza. O reencontro com velhos e novos amigos completou o clima amistoso que sempre caracteriza as provas de Audax. Mas o Audax de Caxias teve 50% dos inscritos fazendo sua estréia nessa modalidade de ciclismo. Foi, portanto, oportunidade para fazer novas amizades. No dia seguinte, a satisfação dos estreantes depois de completado o percurso era contagiante.
A organização do evento, assim como em Santa Cruz, Lajeado e Porto Alegre estava impecável durante todo o percurso da prova. Pela primeira vez utilizei o serviço de manutenção gratuito colocado à disposição dos ciclistas. O carro de apoio percorria a estrada perguntando aos participantes se estava tudo bem. Aproveitei para regular os freios e garantir a segurança da pedalada.
Todos esses fatores determinaram o sucesso do Audax 200 km de Caxias do Sul. Nem o vento contra que tivemos de enfrentar no retorno foi motivo suficiente para arrependimento. Aliás, quem é "randonneur" (em breve, explico) enfrenta qualquer parada, com responsabilidade, é claro. Em 2009 estaremos lá novamente - Thales Moreira, Carlos Kuhn e eu - prestigiando e desfrutando bons momentos, esperando contar com a companhia de nossos parceiros de sempre Marco, Mauro e outros mais que desta vez não puderam estar presentes.
As fotos são do Poti Campos. Repórter fotográfico da Zero Hora e ciclista

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Passeio ciclístico do São José

Quem diria... todas as previsões alertavam para a possibilidade de ocorrências de temporais sobre o Estado do Rio Grande do Sul, mas o domingo amanheceu lindo, com o céu muito azul sem nuvens e com o sol brilhando forte. Nesse dia (domingo, 27 de abril de 2008) havia dois eventos ciclísticos dignos de nota aqui no Biciclube: o Audax 200 km de Lajeado e o passeio ciclístico do Instituto de Educação São José, de Montenegro. Sobre Audax já falamos aqui algumas vezes, fregueses constantes que estamos nos tornando dessa modalidade esportiva. No ano passado participamos do de Lajeado e constatamos a organização impecável graças ao empenho e à seriedade do Kieling e de todos os seus apoiadores. Com relação ao deste ano ainda não temos informações, mas com a sorte do tempo bom a festa deve ter sido um sucesso completo.
O outro evento aconteceu aqui, em Montenegro. Esta é a primeira vez que temos a oportunidade de comentar sobre uma iniciativa desse tipo nesse blog tão recente. Dois grandes amigos e parceiros de pedal são pais de alunos que estudam no São José: o Marco Santos, pai da Rafaela (6 anos), e o Mauro Cera, pai do Frederico e da Martina (14 e 11 anos). Pois para prestigiar esse evento, esses pais e esses filhos, fomos até o cais, nas proximidades da Câmara de Vereadores, acompanhar a largada do passeio. A beleza visual do espetáculo pode ser conferida pelas fotos. Nem é necessário descrever. Já o astral alegre e a atmosfera de confraternização só se percebe no local, ao vivo. O Frederico, sortudo, foi sorteado com uma bicicleta de 21 marchas oferecida pela Loja Quero-Quero. Momentos como esse proporcionam integração entre professores, pais e alunos de forma divertida e saudável, dos quais se pode tirar muitas lições. É sempre oportuno relacionar ciclismo com temas contemporâneos para que bons eventos como esse promovido pelo São José não se esgotem em si. A partir da bicicleta é possível estabelecer vínculos com questões de cidadania, ecologia, comportamento responsável no trânsito, relações sociais, ou seja, é pedagogia no sentido mais amplo, aplicada numa atividade prática. Um “simples” passeio ciclístico pode resumir-se ao deslocamento de bicicleta por dois ou três quarteirões e fim, ou ser utilizado didaticamente por todas as disciplinas escolares, da física à geografia, e até transcender a escola, acompanhando o jovem cidadão pela vida afora. Esse não foi o primeiro passeio ciclístico do São José. Tomara que haja outros mais.

domingo, 13 de abril de 2008

O elo mais fraco

Qualquer pedalada na estrada é suficiente para escancarar a desvantagem da bicicleta em relação aos demais veículos. Aí a gente se convence que o trânsito, pelo menos para alguns, é um ambiente de disputa por espaço e não de exercer a solidariedade e a boa convivência veicular. Vamos ao exemplo: uma volta de 80 km, partindo de Montenegro com destino a Novo Hamburgo, via Portão e Estância Velha, e retorno por Scharlau e daí, novamente Portão e, finalmente, Montenegro.

Como acontece em qualquer pedalada na estrada há situações mais críticas que requerem cuidado especial do ciclista. No caso do roteiro acima mencionado temos a primeira situação mais perigosa quando estamos na RS-240, em Portão, e precisamos atravessar a rodovia da direita para a esquerda para acessar a cidade de Estância Velha. O ciclista vem rodando pelo acostamento e deve esperar o momento certo para "cortar" a faixa e tomar o refúgio à esquerda, sendo necessário calcular muito bem a velocidade do fluxo, ou mesmo parar e olhar para trás. Uma vez realizada essa que é a primeira parte da manobra, é preciso ficar atento aos veículos que vêm pela outra pista, em sentido contrário. Quando o movimento dá uma folga é a hora de cruzar a pista contrária da RS e seguir, então, pela faixinha asfaltada - mas de mão dupla e sem acostamento - que leva à zona urbana de Estância. Daí em diante é possível seguir com relativa tranqüilidade essa rota que começa a descrever um círculo em sentido horário, apreciando a beleza da paisagem rural riscada pela estrada sinuosa. Uma vez ultrapassada Estância, toma-se uma saída lateral à direita e poucos quilômetros depois alcança-se a Br-116 já em Novo Hamburgo, convertendo sempre à direita.

Assim prossegue a pedalada até a sinaleira "da" Scharlau, onde se converte à direita mais uma vez, sem problemas. Logo mais adiante, após a primeira lombada eletrônica da RS-240, surge um viaduto. Ali existe uma saída lateral pela direita que dá acesso ao centro da cidade de Portão. Mas o ciclista que opta por seguir pela RS, isto é, subindo o viaduto, precisará esperar e/ou sinalizar muito bem para avisar os motoristas da sua intenção de atravessar a saída lateral da direita para a esquerda, mantendo-se na RS propriamente dita. Pois nessa passagem enfrentamos, Marco Santos e eu, alguma dificuldade causada pela falta de educação de um motorista que, mesmo percebendo a nossa sinalização não reduziu a velocidade para permitir a nossa manobra, nem sequer acionou o pisca-pisca do carro para que outros motoristas, ciclistas e demais envolvidos naquela circunstância soubessem o que ele pretendia fazer: sair pela via lateral. Simplesmente não tomou conhecimento e todo mundo pensou que ele seguiria pela RS. Isto não é um problema apenas para os ciclistas, mas os ciclistas correm o maior risco. Nesse caso teria sido mais prudente de nossa parte evitar o viaduto e seguir pela via lateral permanecendo sempre à direita, até por que logo mais adiante a pista lateral retorna à RS. Mas e se não tivéssemos essa opção...? Depois disso, nesse mesmo circuito, há só mais uma travessia da estrada da direita para a esquerda em Rincão do Cascalho, logo após o posto de pedágio, no acesso ao refúgio para retornar à Montenegro. Novamente é bom tomar cuidado e esperar o momento mais favorável. A esta altura do campeonato já estamos a apenas 22 km de Montenegro, isto é, (quase) em casa, sãos e salvos. A última manobra deste circuito (depois de ultrapassada a seqüência das 6 pontes) é fazer o contorno da rótula próxima da antiga fábrica da Antárctica para sair da RS-240 e seguir pela rua Osvaldo Aranha em direção ao centro da cidade de Montenegro. Ufa!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Audax 200 km Porto Alegre 2008

A madrugada estava fria. Por volta de 16 graus. Às 4 horas partimos de Montenegro para o DC Navegantes, em Porto Alegre, ponto inicial da primeira prova de Audax de 200 km desta temporada 2008 a ser realizada na capital do Estado. Precisávamos estar no local às 5 horas para que fosse feita a vistoria das bicicletas e dos equipamentos de segurança obrigatórios para os ciclistas: capacete, colete refletivo, farol e luz traseira. O quesito segurança é importantíssimo para pedaladas de longa distância e com muitos participantes. Havia 120 ciclistas inscritos, como sempre, de todas as idades, de ambos os sexos e, apesar do horário, todo mundo bem disposto, bem humorado, ansioso esperando a hora da largada. A energia é total nos momentos que antecedem a partida. Ainda arrumamos um tempinho para tomar um café reforçado que levamos de casa. Para enfrentar um desafio como esse o ciclista precisa estar bem alimentado, bem hidratado e descansado, caso queira realizar uma prova em boas condições.
Às 6 horas estouraram os foguetes e o carro batedor conduziu o pelotão ainda concentrado para mostrar o início do percurso. Até aí, todos estavam instruídos para não ultrapassar o carro batedor até que se completasse a transposição da magnífica ponte sobre o rio Guaíba. O sol raiava e já mostrava sua cara, indicando que teríamos um belo domingo de temperaturas amenas (pelo menos foi assim de manhã), perfeito para uma pedalada pelas estradas planas que ligam Porto Alegre à Charqueadas, Guaíba e Barra do Ribeiro. A topografia é totalmente favorável, mas poderíamos enfrentar vento pelo caminho, já que aquela região é adjacente à Lagoa dos Patos. Mas felizmente o vento fraco não incomodou.
Além do lado esportivo do Audax, não se pode desprezar o lado do cicloturismo. Uma jornada longa, de 200, 300, 400 ou 600 quilômetros, proporciona o prazer de visualizar belíssimas paisagens e momentos de integração à natureza, em silêncio, sem barulho de motor, sem produzir fumaça, sem consumir combustível, ou seja: nenhum impacto ambiental.
Recentemente participamos de outra prova como esta de 200 quilômetros. Como já foi explicado anteriormente, o regulamento do Audax exige que o ciclista cumpra todas as etapas caso queira obter o “brevet” máximo, correspondente a 1200 km a serem percorridos em 90 horas (ocorre na França a cada 4 anos no percurso Paris-Brest-Paris. No ano passado, 2007, nosso amigo Luis Faccin, de Santa Cruz do Sul, realizou esta façanha). Mas quem participa de uma etapa de 200 km não assume nenhum compromisso de fazer as etapas restantes. Ou seja, no Audax a gente pode pedalar por diversão, repetindo provas com a mesma quilometragem em qualquer lugar onde elas acontecerem quantas vezes quiser. Pedalar um Audax é uma experiência nova e diferente da outra. São outras pessoas, outros lugares, outras condições climáticas, mas é sempre um exercício de solidariedade em relação aos companheiros de desafio e uma lição de respeito à natureza. Ao ritmo da bicicleta, ao contrário do carro, observamos com mais atenção e nos conscientizamos de quanto os seres humanos podem ser irracionais quando utilizam uma estrada para o seu deslocamento, considerando a impressionante quantidade de lixo jogado à margem da estrada. As grandes campeãs da sujeira e da poluição são as garrafas “pet” e os maiores inimigos do ciclista são os cacos de vidro das garrafas “long neck”. Depois vem as latinhas, fraldas, etc. É inaceitável uma pessoa abrir a janela do carro e simplesmente jogar um objeto para fora. Mas essa já é uma outra história...
Nas fotos acima: Augusto Wolff, Carlos Kuhn e Thales Moreira, Marco Santos, e outras duas imagens do grupo, nas quais está presente Paulo Petry.

domingo, 30 de março de 2008

Repercussão

A participação dos montenegrinos no Audax 200 km de Santa Cruz do Sul rendeu 3 inserções na mídia local: 2 vezes no Jornal Ibiá e 1 na TV Cultura. Em ambos os casos o editor de esportes é o Éder Kurz, a quem agradecemos pelo espaço concedido. Essa "visibilidade" é importante por que, ao mesmo tempo em que divulga e promove a prática do ciclismo, também é uma oportunidade de "vender" a idéia da boa e velha bicicleta como meio de transporte urbano. Efetivamente, a bicicleta JÁ É, para milhões de trabalhadores pelo Brasil afora, Montenegro inclusive, o único veículo. Mas ela tem sido cada vez mais lembrada como alternativa ao carro, muitas vezes utilizado desnecessariamente ou para transportar um único passageiro. É, no mínimo, um desperdício de espaço e de combustível.
Voltando ao Audax, já tive oportunidade de relatar (na mídia, como disse acima) que essa foi a prova mais árdua em termos de condições climáticas de que participei desde 2006. Neblina de manhã cedo, temperaturas extremas à tarde, por volta de 34° à sombra (pedalando no asfalto podemos acrescentar alguns graus a mais) e para completar, um toró de chuva bem na hora da subida da serra, chegando de volta a Santa Cruz. Em compensação, quando a gente se aproximava da bandeirada final, no campus da Unisc, a organização da prova despejava não sei quantos mil watts com "Run like hell", do Pink Floyd. Isso não é uma chegada... é uma apoteose.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Sobre o trânsito

Este blog tem espaço garantido para a informação. O evento que é divulgado aí embaixo não cita a palavra BICICLETA nenhuma vez, diretamente. Mas todos nós, ciclistas, às vezes também motoristas, devemos nos "enxergar" nesse ambiente, até para reinvindicar mais espaço para os veículos de propulsão humana, no caso, a querida bicicleta.
Sobre essa relação Bicicleta X Trânsito, haveremos de colocá-la em discussão muitas vezes mais.

A fonte da divulgação é o informativo da Assessoria de Comunicação (ACOM) da Prefeitura de Montenegro.

Comitê Montenegrino participa de Encontro Estadual pelo Trânsito Seguro

O Comitê Montenegrino pelo Trânsito Seguro estará participando nos dias 28 e 29 de março do XXI Encontro Estadual do Movimento Gaúcho pelo Trânsito Seguro – MGTS. A atividade ocorrerá na Câmara Municipal de Vereadores do município de Taquara, localizada na Rua Júlio de Castilhos, 2191.
A abertura do evento está programada para as 9 horas do dia 28, com encerramento previsto para o dia 29, às 12h, com ações de panfletagem e caminhada.
O encontro terá a presença de representantes de diversos municípios gaúchos, que terão por desafio trazer para debate, os novos rumos para segurança e educação no trânsito, através da troca de experiências.

Programação:
Dia 28 março – sexta-feira
09h - Abertura com a presença de autoridades
10h - Intervalo
10h15min – Palestrante: Sérgio Luis Perotto - Área Técnica FAMURS
Tema: O Processo Administrativo do Trânsito: da autuação à penalização. “Sua importância para a eficácia do Código de Trânsito Brasileiro”.
11h45min – Palestrante: Ana Maria Escobar Bernardes - Coordenadora da Assessoria de Educação do DETRAN/RS
Tema: "Educação e Segurança no Trânsito".
12h - Intervalo almoço
13h30min - Apresentação grupo de teatro da Empresa Viamão de Transporte Coletivo - Peça Teatral: “Violência, Não!”.
14h15min –Palestrante: Tribunal Regional Eleitoral de Taquara (TRE)
Tema: “A Aplicabilidade da lei Eleitoral e Proibições nas campanhas de educação para o trânsito em 2008”.
15h- Apresentação e integração de trabalhos desenvolvidos pelos municípios e instituições na área de Educação para o Trânsito. (Espaço MGTS – Troca de Experiências)
16h - Intervalo
16h15min – Trabalhos em equipe, propostas de ações educativas para o Dia do Motorista, Motociclista e Pedestre.
17h - Eleição da nova Coordenação do MGTS – gestão 2008-2009
18h - Encerramento
Dia 29 de março - sábado
09h30min – Caminhada pela Paz no Trânsito, com distribuição de material educativo, e a participação dos mascotes do trânsito.
11h – Inauguração do marco pela PAZ no trânsito, na praça central.
12h – Encerramento

quinta-feira, 27 de março de 2008

Audax 200 km Santa Cruz do Sul 2008


Domingo, dia 9 de março, seis horas da manhã. É dada a largada para a edição 2008 do Audax 200 km de Santa Cruz do Sul. Cento e vinte ciclistas das cidades da região, inclusive Montenegro, com idades dos 17 aos 60 anos, de ambos os sexos, partem para esse novo desafio de resistência sobre bicicleta, percorrendo estradas até São Jerônimo e retornando a Santa Cruz para receber a bandeirada de chegada no campus da Unisc. Reencontro para alguns, estréia para outros, é um festival colorido e alegre que mobiliza um grande número de pessoas, atrai público e movimenta hotéis e restaurantes desde a véspera. O prêmio? a satisfação de compartilhar momentos de confraternização com tantas pessoas reunidas pelo prazer de pedalar, pois o Audax é um evento esportivo amador que não tem caráter de competição. Mesmo assim o regulamento permite o patrocínio dos atletas por que essa é uma forma de marketing educativo, incentivando o ciclismo como esporte e como meio de locomoção urbano ou de turismo, a exemplo do que ocorre na Europa. O objetivo é cumprir o trajeto de 200 quilômetros no tempo máximo de treze horas e meia, seja qual for a condição climática. Quem completa o percurso faz jus a um “brevet” homologado pelo “Audax Club Parisien”, filiado à sociedade “Les Randonneurs Mondiaux”, da França, e se habilita a participar das etapas seguintes de 300, 400, 600 e 1.200 km.
Na foto acima, o grupo de Montenegro (da esquerda para a direita): Mauro Cera, Carlos Kuhn, Augusto Wolff, Marco Santos, Paulo Petry, Thales Moreira e Edson Pletsch.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Prazer em conhecer

O primeiro contato é sempre, mais ou menos assim, de apresentações. Mas o que é importante de fato é apresentar a idéia, o objetivo. De repente, pareceu que poderia ser útil trocar idéias e impressões sobre o "andar de bicicleta". E é por que há muitas pessoas que compartilham desse interesse, que se inicia esta "conversa". Espera-se que os interlocutores se manifestem e dêem vida ao Biciclube, com aquele entusiasmo típico de quem aprecia pedalar, comentando e sugerindo, enfim, contribuindo para a difusão do uso da bicicleta.