segunda-feira, 19 de maio de 2008

Audax 200 km Caxias do Sul

Participar do Audax 200 km de Caxias do Sul foi uma experiência positiva por várias razões.Vamos a algumas delas: em primeiro lugar, havia um receio presumido quanto à dificuldade imposta pelo terreno, cheio de altos e baixos e que por isso a prova seria muito desgastante e coisa e tal... Pois nem tanto. Quem já percorreu a Rota do Sol entre Caxias e Aratinga sabe que os "campos de cima da serra" têm lá suas ondulações mas nada que meta medo (pedalar de Montenegro a Salvador do sul, por exemplo, exige muito mais esforço em alguns trechos de aclive realmente acentuado, embora menos extensos). Em compensação, praticamente não há urbanização ao longo dessa estrada e, às vezes, nem mesmo se avista a rede elétrica. É a paisagem no seu estado absolutamente natural, de uma beleza indescritível, principlamente ao amanhecer. E ainda bem que que o sol apareceu por que às 6 horas da manhã, além de ainda estar escuro, a temperatura era de 8 graus.
Outro aspecto positivo foi o local de onde partimos para nossa aventura: um seminário recentemente transformado em centro de eventos com estrutura de hotel de luxo. Receptividade nota 10, bom alojamento, boa janta, tudo beleza. O reencontro com velhos e novos amigos completou o clima amistoso que sempre caracteriza as provas de Audax. Mas o Audax de Caxias teve 50% dos inscritos fazendo sua estréia nessa modalidade de ciclismo. Foi, portanto, oportunidade para fazer novas amizades. No dia seguinte, a satisfação dos estreantes depois de completado o percurso era contagiante.
A organização do evento, assim como em Santa Cruz, Lajeado e Porto Alegre estava impecável durante todo o percurso da prova. Pela primeira vez utilizei o serviço de manutenção gratuito colocado à disposição dos ciclistas. O carro de apoio percorria a estrada perguntando aos participantes se estava tudo bem. Aproveitei para regular os freios e garantir a segurança da pedalada.
Todos esses fatores determinaram o sucesso do Audax 200 km de Caxias do Sul. Nem o vento contra que tivemos de enfrentar no retorno foi motivo suficiente para arrependimento. Aliás, quem é "randonneur" (em breve, explico) enfrenta qualquer parada, com responsabilidade, é claro. Em 2009 estaremos lá novamente - Thales Moreira, Carlos Kuhn e eu - prestigiando e desfrutando bons momentos, esperando contar com a companhia de nossos parceiros de sempre Marco, Mauro e outros mais que desta vez não puderam estar presentes.
As fotos são do Poti Campos. Repórter fotográfico da Zero Hora e ciclista